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Foto: Renato Nascimentoi

DAMIÃO

Damião é guitarrista, compositor, cantor e produtor musical paulistano da Zona Sul. Como solista, acaba de lançar o EP SuperFunk. Também produziu o single “Dia de feira é feriado” em 2020, Em 2018 o clipe “Oke Aro” e o álbum Unidade, em 2016. É integrante do Aláfia desde 2018.
Como instrumentista já acompanhou Carlos Dafé, Mano Brown, Ellen Oléria, Tássia Reis, Aline Wirley, Osvaldinho da Cuíca, Almir Guineto, Xênia França e Di Melo, além de participar de importantes festivais de música, como o Lollapalooza.
A pandemia silenciou o interior do compositor e, de maneira positiva, Damião sem o palco se pôs a organizar suas ideias em seu home studio. Desse silêncio, surgiu uma Supernova. O SuperFunk e seu universo. Como será a música em outras dimensões? Coltrane em “A Love Supreme”, nos deu pequenas notícias. Octavia Butler, nos traz imagens do que chamam afrofuturo, bell hooks didaticamente desconstrói. E nesse pensamento, Damião fala sobre o Pagode que na sua visão, precisa mudar. Sobre a construção do homem afeminado que dança no funk “Rebolante”.
O orixá ancestral, o axé do seu povo que nos deu o samba, o tambor e suas vibrações. A pedra Ametista e suas diversas funções, o Orixá Funk.


DAS REFERÊNCIAS:
A ideia do compositor, é reproduzir em som, sua sensação ao ouvir Funk e os pagodes de rua da cidade de São Paulo. Por sua intenção dançante e cíclica, o estilo criado no final dos anos 60, trouxe uma infinidade de possibilidades de criação. “Nele eu consigo colocar os acordes que aprendi com Filó Machado e Toninho Horta. Com seus espaços, eu consigo fazer solos de guitarra e colocar em prática o que aprendo com Herbie Hancock e John Coltrane. Com seu pulso dançante eu consigo ser irônico como Tim Maia e sexy como Prince”.
Ao mesmo tempo em que o Funk é a matriz composicional, os ritmos derivados do candomblé e umbanda, somam nessa mistura junto ao pagode e sua instrumentação ampliada pelo grupo Fundo de Quintal, pois ritmo é o âmago. A intenção do compositor, é dar sua parcela de contribuição ao que chama de MPB-Música Preta Brasileira. Em agradecimento a Tim Maia, Jorge Ben Jor, Djavan, Robson Jorge, Sandra de Sá, Cassiano, Carlos Dafé, Leci Brandão, Gilberto Gil, Oberdan Magalhães, Emílio Santiago, Luiz Melodia, Alcione entre muitos outros.

Foto: Eric Sigaki

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